quarta-feira, abril 26

divina.tragëdia.em.um.ato

Personagens: Ota Nerd e Simone
Cenário: duas janelas azul-claras do Messenger

O computador emite um som, e a barra de tarefas pisca em azul.

eu: Si, porque a gente não é rico?
ela: é... eu vivo me perguntando isso!
ela: e hoje a XXXXXX vem com o maior papo besta de que agora é uma dura, pois decidiu que vai viver por sua própria renda
eu: a-ham
ela: hahahahahahaha
eu: a renda das lingeries victoria secret dela
eu: fala para ela que eu posso administrar a renda dela
eu: eu fico me perguntando
eu: se a gente fosse rico, será q a gente teria o que a gente tem?
ela: é, também já me perguntei isso, inclusive se fossemos ricos, será que seríamos o que somos?
eu: tipo, você tem um escritório e poucos dinheiros
ela: é, seria que existiria o escritório? será que a gente se conheceria?
ela: acho que não
eu: se você tivesse muitos dinheiros, será q você ia querer deixar de viajar para ficar aqui ralando?
ela: hahahahahahahaha
ela: to começando a achar que é mais divertido, hein? rs
eu: devemos agradecer por sermos pobres?
eu: [odeio retórica]
eu: será q a gente ia programar todas as baladas em função dos esquemas vips?
ela: hahahahahahahhaa
ela: acho que seríamos vips naturalmente
eu: íamos ficar todos felizes com cada novo filme bacana no cinema, ou íamos achar tudo uma merda, porque já vimos tudo em NY?
ela: hahahahahaha
ela: isso tudo é para ficar feliz com o que não tem?
eu: íamos ficar tão empolgadinhos com amigos estrangeiros, ou a gente ia é fugir deles de tantas viagens?
ela: hahahahahaha
ela: isso dá um post, hein?
ela: salva tudo!
eu: talvez nós devêssemos brindar à pobreza
eu: no melhor estilo pobretão
eu: cerveja de garrafa no buteco da esquina
eu: huahuahuahauhauhauhauhau
ela: sim, isso é ótimo
ela: hahahahaha
eu: salvei já
eu: esse texto não pode virar post, porque ele tem q ser exposto integralmente
ela: como assim?
ela: com minha efusiva alegria por ser pobre?
eu: não sei
eu: esse diálogo foi muito coeso
eu: e sábio
eu: se transformarmos ele em texto, ele perde todo o lirismo
ela: sim... porque chegamos a conclusão que como nos amamos muito, nos não poderíamos ser ricos, porque assim a gente não se conheceria!
ela: e eu seria uma pessoa menos feliz!
ela: e tenho dito!
eu: você seria athina onassis!
eu: e eu o príncipe william!
eu: YES!
eu: huahuahauhauahuahauhau
ela: mas aí eu casaria com o doda, que sinceramente, não me atrai
ela: saco
ela: eu preferia ser a victoria
ela: ou mesmo a paris hilton para fazer um monte de bobagem e ninguém ficar me julgando!
eu: huahauhauha
eu: julgar, julgamos
eu: mas isso não quer dizer q você se importaria
ela: mas não atinge, né?
ela: inveja é foda
eu: mas a paris hilton é uma rica feliz, você não seria feliz, porque você não me conheceria
ela: exato!
ela: como eu viveria?
ela: no meio do maior tédio
eu: exato
eu: você teria q virar uma junckie lésbica mal humorada para suportar viver
eu: huahuahauhauhauahuahauhauhauah
ela: estou há 20 minutos tentando achar o telefone do banco e não acho
ela: hahahaha.. exageradinho!
ela: e você?
eu: eu?
ela: total
eu: acho que eu seria um almofadinha qualquer, que vive estudando e nunca viraria nenhum profissional efetivamente
eu: em outras palavras, seria um nerd chato e desocupado
eu: e virgem
ela: afff.. insuportável!
eu: huahuahauhau
ela: que bom que nasceu pobre, hein?
eu: pois é
ela:
quanto ficou para arrumar seu carro?
eu: 400
eu: huhauahauhauhauahuauah
eu: voltamos ao centro da questão...

Fecham-se as cortinas [janelas]

quinta-feira, abril 20

trabalho.forçado

Nos últimos dias várias idéias escabrosas têm brotado na minha mente como propagandas em pop-up, mas nenhuma delas acabou se concretizando em texto aqui no meu blogue. Grande parte por culpa do trabalho, que está me tomando mais tempo que eu julgo adequado [sim, só eu penso isso....] Não estava realmente preocupado, porque sempre achei que apenas um ou outro ser na face da Terra se incomodariam com o lento definhamento da minha humilde página.

Hoje, entretanto, tive uma confirmação de que sim, alguém se importa com a minha regularidade postífera[??]. Recebi um email pouco gentil dizendo algo do tipo: 'Você não atualizou nos últimos 7 dias, se você não escrever nada até amanhã, serei obrigada a te desclassificar da promoção.'

A antipatia do email me deixou emocionado. Não esperava que tivesse fãs tão empáticos com as minhas longas jornadas de trabalho, meu desgaste físico e mental. Pensei em pedir a essa senhorita que viesse pessoalmente até meu escritório e dissesse para a chefia: 'Você tem que dar uma folga para o Ota, ele precisa de um tempinho para atualizar o seu blogue....' As imagens que me vêm à cabeça depois disso se parecem com um botão no braço do trono que abre um alçapão escondido sob um tapete, ou uma bigorna que despenca do céu sem aviso prévio.

Eu não trabalho num castelo medieval, mas se a minha farta imaginação se concretizasse, aí quem ia dar um aviso prévio era a minha carteira de trabalho.

Pronto, atualizei! ;-)

quinta-feira, abril 13

genialidade

Vendo esse tipo de coisa, eu fico imaginando o que me falta para ser genial.





Bom, na verdade não é bem essa a pergunta, porque com certeza me faltam muitos upgrades para chegar perto de alguma genialidade. Mas eu realmente queria entender o que faz das pessoas criadores brilhantes, que elaboram estratégias incríveis como a do americano do Million Dollar Page (uma idéia ridícula, a venda de pixels, mas que o deixou rico) ou coisas simplíssimas como esta sutil camiseta de Rachel Plefger.

Alguém me dá um pouquinho de criatividade de Páscoa?

Tá bom, eu me contento meramente com uma camiseta dessas.

quinta-feira, abril 6

iP.s

Em Londres já lançaram os iPads, apartamentos que seguem a tendência de compactação dos Ipods, agora no âmbito da arquitetura. Eles contém apenas quarto, sala, cozinha e banheiro, tudo muito funcional, tudo muito equipado, tudo muito apertado. Na verdade isso só virou hype porque está na Inglaterra, porque se tivéssemos a maçãzinha da Mac para colar no cantinho da porta, já teríamos centenas de iPads nas kitchnetes da República há mais de cinqüenta anos.

Acho divertido que agora tudo recebe um nome descendente do tão superstar iPod. iTunes, iTrip, iDJ, PodCast, tudo agora tem um dedinho de Steve Jobs no meio. Eu, que não quero ficar para trás, já fiz a minha listinha de coisas compactas e bacanas que eu quero desenvolver (e ter) nos próximos anos.

- iPorsche: ele é pequeno, ele é baratinho, mas ele é veloz... afinal, ele É um Porsche.

- iPilot: as indústrias Tabajara o chamariam de Personal Viajator. Um piloto exclusivo que me leva para qualquer lugar do mundo na hora em que quiser. E quando não quiser, é só guardar na caixa.

- iPizza: ela é pequenininha, do tamanho de um CD, mas quando você põe no microondas...

- iPraia: sabe aquela bandeja que os ingleses usam embaixo do queixo para tomar sol? Algo como aquilo, mas com direito a maresia, farofada e insolação.

- iPuta: não precisa de muita explicação.

As idéias não faltam, mas hoje estou muito preguiçoso para continuar. Vou pegar meu iNap e dar uma cochilada, depois volto.

terça-feira, abril 4

brasileiros.e.brasileiras

Pessoal,

Como vocês podem ver, aqui do lado tenho um loguinho vermelho - que não combina exatamente com meu layout - de uma promoção da Coca, onde fui colocado entre os 10 melhores blogues dentro do tema 'viva o que é bom'. Agora vai rolar uma votação dos melhores blogues, concorrendo a vários prêmios e um monte de outras coisas.

Não vou ficar aqui fazendo jabá, porque sei que é muito chato, mas convido vocês a darem uma olhada na promoção toda, que está super bem organizada, tem links para blogues bem divertidos em vários temas, e muita coisa bacana para descobrir. Quem quiser espiar, é só clicar no vermelhão ali do lado.

Ah, e se sobrar um tempinho, vocês podem dar um votinho para mim, é rapidinho..... huahauhauahuah.

segunda-feira, abril 3

folhas.secas

Hoje me despeço do verão. Ele já se foi há um tempinho, mas hoje apenas ele deu sinais claros de que só volta mesmo junto com o Papai Noel. O verão traz pequenas coisas estranhas. O calor excessivo deixa as pessoas trabalhadoras mal-humoradas e o trânsito vira um martírio. Ninguém consegue ficar parado em casa e você vê uma bagunça generalizada nas ruas em qualquer horário. Parece que o bichinho do Carnaval contaminou todo mundo o tempo inteiro. Os projetos não andam, a concentração é pífia, a burocracia reina.

E chega o outono. O clima seco e gelado da manhã contrasta com o sol macio e aconchegante da tarde. O dia adquire uma lógica e o tempo fica calmo. Nesses primeiros dias, talvez por comparação direta, me sinto um pouco mais próximo do primeiro mundo. Acabaram-se a luz escaldante, o circo de mosquitos e os trovejantes deságües que anunciam o fim do calor. O trabalho engrena, as pessoas já não são tão efusivas, parecem até mais respeitosas.

Hoje respirei fundo a brisa fresca desse novo outono, protegi meus calafrios com uma jaqueta jeans básica, e me lambuzei ao sol com uma pêra suculenta. Nada mais europeu. Hora de observar a vida sem tecer comentários. De ver as histórias de cada um se cruzando harmoniosamente, sem pressa. O ar paira suave. Já não pesa como mel na pele que sublima os pensamentos. O corpo flutua em amenidades.

Sou rato de verão. Adoro calor, sol, praia e todos os clichês do brasileiro típico. Também gosto de frio. Gosto da elegância invernal que acomete o cidadão comum e os arroubos frugais das noites gélidas. Mas nada se compara ao começo do outono e da primavera. Sem medo de frentes argentinas, nem desesperos de veraneios. Tudo calmo, tud no seu lugar, para eu ter mais tempo para aproveitar.

Texto escrito por um menino nascido em meio às tão cantadas águas de março, que fechavam o verão muito tempo atrás.