sexta-feira, janeiro 27

nirvana.paulistano

Um grupo de caras desconhecidas e a expectativa do desconhecido prestes a acontecer. O domínio do caos urbano ascendendo aos pés pouco a pouco. Uma visita longínqua com sotaque de quem se sente bem nesse contexto. Uma música suave contagiosa, e a atenção crescente de corpos largados pela vastidão cada vez mais escura. Sentidos aguçados pelo medo de agredir a suspenção do ar e tempo único. A hora mágica do dia que se esvai e despeja a noite em chuva fina refrescante. Não respiro, não me movo, apenas busco o conforto de uma mão amiga. A luz muda suave, a estática e a estética imperam e os corpos ainda moles e entregues. Lentamente, nada se move, tudo acontece, lentamente. A percepção do tempo que pára enquanto corre. Silêncio, e eu volto. Palmas.